Especialistas do setor estão alertando para a possibilidade iminente de prejuízos bilionários na produção de trigo em 2024. De acordo com uma análise da TF Agroeconômica, uma redução de apenas 10% na área plantada de trigo poderia acarretar perdas significativas. A avaliação concentrou-se nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, abrangendo diversos setores, como agricultores, governo, cooperativas, cerealistas e empresas de insumos.
A projeção estima um prejuízo de aproximadamente R$ 3,6 bilhões ou US$ 715,91 milhões, considerando receitas não obtidas pelos agricultores, impostos perdidos pelo governo, taxas de serviços não obtidas pelas cooperativas e cerealistas, perdas das empresas fornecedoras de insumos e sementes, além de custos adicionais com importação de trigo na ordem de R$ 2,47 bilhões.
Diante desse cenário, a consultoria destaca a importância de incentivar os produtores a investirem no cultivo de trigo. Uma das sugestões é utilizar recursos financeiros das empresas para garantir um aumento no preço, estimulando assim os agricultores e mitigando parte do risco mencionado anteriormente.
A TF Agro econômica ressalta que, em suas interações com empresas do setor, identificou casos em que valores consideráveis foram retirados do caixa para esse propósito. No entanto, demonstrou-se que uma parcela menor, equivalente a apenas 7,5% desses montantes, teria sido suficiente para alcançar o mesmo efeito positivo, caso tivessem adotado estratégias no mercado futuro. Isso aponta para a possibilidade de operações mais eficientes e econômicas para alcançar os objetivos desejados.
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